Sobre os desdobramentos que incomodaram cristãos ao redor do
mundo, logo após a abertura dos jogos olímpicos deste anos, a pressão das
comunidades e entidades religiosas sobre o comitê olímpico sobre a referência
do quadro da santa ceia de Leonardo da Vinci, famosa pintura retrata este
acontecimento bíblico, em resposta dada em entrevista coletiva, os organizadores
deram o que mais pareceu uma desculpa, que além de esfarrapada, preparada para,
caso fosse necessário (e foi), vir a público se defender sobre os reais motivos
que levaram a organização do evento fazer o que foi feito.
Convenhamos; não sei você, caro leitor, mas certamente era
de se esperar que viesse à mente dos cristãos uma associação com a santa ceia e
não uma associação com uma festa dos deuses pagãos do olimpo, como foi descrita
nas intenções da organização do evento. Falaram sobre propagar uma mensagem de
tolerância e amor. Porém, por todos os lados o resultado não foi esse e a má
receptividade pode ser lida por toda a internet em várias manchetes.
Enquanto escrevo me recordo do versículo bíblico que diz que
“De Deus não se zomba – Gálatas 6,7”. Pois é, em contrapartida, volto a
repetir, falam um discurso bem diferente aqueles que promovem essa afronta.
Sejamos, todavia, sensatos, as explicações possuem certo fundo de verdade e
mais abaixo irei coloca-las na íntegra, mas, repetimos, será mesmo que não
havia intenções nas entrelinhas? Isso é o que todos temos para pensar, porque,
se não fosse assim não haveria desconforto mundial, tampouco necessidade de se pedir desculpas porque, afinal, se você não fez nada de errado como lhe acusam, acaso pediria desculpas? Será que todos os que se
sentiram ofendidos estão errados? A referência coloco aqui em forma de imagem
para constatação de cada leitor (foto do artigo). Parece controverso e aberto a questionamentos
o fato justificado em relação ao fato apresentado. Se a intenção fosse única, sem as aparentes entrelinhas, bastaria
uma elucidação maior na apresentação. Enfim, parece esse ser mais um
acontecimento que irá entrar para a gama das polêmicas que sempre irão dividir
as pessoas.
Trecho da matéria retirada da bbc.com: “O cerimonialista e
diretor criativo Thomas Jolly negou que tenha feito uma paródia da Última Ceia
na cerimônia de abertura dos Jogos de Paris, após grupos religiosos criticarem
o evento por considerá-lo uma "zombaria ao Cristianismo". Nas telas
de milhões de pessoas ao redor do globo, a apresentação mostrou uma cena
envolvendo o cantor e ator francês Philippe Katerine como o deus Dionísio,
seminu e pintado de azul, em uma mesa de banquete. Na cena, dançarinos, drag
queens e pessoas em fantasias coloridas ficaram em poses que lembravam
representações da Última Ceia, a última refeição de Jesus com seus apóstolos -
evento também chamado por alguns como Santa Ceia. Alguns grupos católicos e
bispos franceses condenaram o que viram como "cenas de escárnio e
zombarias ao Cristianismo". Eles consideraram que os elementos da
cerimônia faziam uma interpretação desrespeitosa de símbolos e temas
religiosos. "A ideia era fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do
Olimpo", disse Jolly em uma entrevista ao canal francês BFM no último
domingo (28/7). "Você nunca encontrará em meu trabalho qualquer desejo de
zombar ou difamar. Eu queria uma cerimônia que unisse as pessoas, que as
reconciliasse, mas também uma cerimônia que afirmasse nossos valores de
liberdade, igualdade e fraternidade."
Jolly também defende que achou que suas intenções estavam
claras. "Dionísio aparece nessa mesa. Ele está presente porque é o deus da
festa, do vinho, e pai de Sequana, deusa relacionada ao rio Sena." Suas
declarações foram apoiadas por internautas que viram na sua encenação elementos
do quadro a "Festa dos Deuses". A pintura feita em óleo mostra o
Olimpo, onde os deuses estão reunidos em um banquete que celebra o casamento de
Tétis e Peleu, destacando Apolo coroado ao centro. Além disso, faz referência a
Dionísio (ou Baco), o deus do vinho e das festividades.
(imagem da relação que os cristãos fizeram)
A obra foi concluída em 1514 pelo renascentista italiano
Giovanni Bellini, e é uma das poucas imagens do artista veneziano. O episódio
gerou debate sobre os limites da criatividade artística e o respeito às crenças
religiosas. Apesar de o cerimonialista negar ter havido uma paródia, os
organizadores dos Jogos pediram desculpas, afirmando que não houve
"intenção de desrespeitar nenhum grupo religioso". "Claramente
nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a nenhum grupo religioso. Se as
pessoas se ofenderam, é claro que lamentamos muito, muito mesmo", disse a
porta-voz de Paris 2024, Anne Descamps, em uma coletiva de imprensa no último
domingo (28/7)”.
Fonte: Jefferson Roger