segunda-feira, 29 de julho de 2024

Zombando dos Cristãos?



Sobre os desdobramentos que incomodaram cristãos ao redor do mundo, logo após a abertura dos jogos olímpicos deste anos, a pressão das comunidades e entidades religiosas sobre o comitê olímpico sobre a referência do quadro da santa ceia de Leonardo da Vinci, famosa pintura retrata este acontecimento bíblico, em resposta dada em entrevista coletiva, os organizadores deram o que mais pareceu uma desculpa, que além de esfarrapada, preparada para, caso fosse necessário (e foi), vir a público se defender sobre os reais motivos que levaram a organização do evento fazer o que foi feito.

Convenhamos; não sei você, caro leitor, mas certamente era de se esperar que viesse à mente dos cristãos uma associação com a santa ceia e não uma associação com uma festa dos deuses pagãos do olimpo, como foi descrita nas intenções da organização do evento. Falaram sobre propagar uma mensagem de tolerância e amor. Porém, por todos os lados o resultado não foi esse e a má receptividade pode ser lida por toda a internet em várias manchetes.

Enquanto escrevo me recordo do versículo bíblico que diz que “De Deus não se zomba – Gálatas 6,7”. Pois é, em contrapartida, volto a repetir, falam um discurso bem diferente aqueles que promovem essa afronta. Sejamos, todavia, sensatos, as explicações possuem certo fundo de verdade e mais abaixo irei coloca-las na íntegra, mas, repetimos, será mesmo que não havia intenções nas entrelinhas? Isso é o que todos temos para pensar, porque, se não fosse assim não haveria desconforto mundial, tampouco necessidade de se pedir desculpas porque, afinal, se você não fez nada de errado como lhe acusam, acaso pediria desculpas? Será que todos os que se sentiram ofendidos estão errados? A referência coloco aqui em forma de imagem para constatação de cada leitor (foto do artigo). Parece controverso e aberto a questionamentos o fato justificado em relação ao fato apresentado. Se a intenção fosse única, sem as aparentes entrelinhas, bastaria uma elucidação maior na apresentação. Enfim, parece esse ser mais um acontecimento que irá entrar para a gama das polêmicas que sempre irão dividir as pessoas.

Trecho da matéria retirada da bbc.com: “O cerimonialista e diretor criativo Thomas Jolly negou que tenha feito uma paródia da Última Ceia na cerimônia de abertura dos Jogos de Paris, após grupos religiosos criticarem o evento por considerá-lo uma "zombaria ao Cristianismo". Nas telas de milhões de pessoas ao redor do globo, a apresentação mostrou uma cena envolvendo o cantor e ator francês Philippe Katerine como o deus Dionísio, seminu e pintado de azul, em uma mesa de banquete. Na cena, dançarinos, drag queens e pessoas em fantasias coloridas ficaram em poses que lembravam representações da Última Ceia, a última refeição de Jesus com seus apóstolos - evento também chamado por alguns como Santa Ceia. Alguns grupos católicos e bispos franceses condenaram o que viram como "cenas de escárnio e zombarias ao Cristianismo". Eles consideraram que os elementos da cerimônia faziam uma interpretação desrespeitosa de símbolos e temas religiosos. "A ideia era fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo", disse Jolly em uma entrevista ao canal francês BFM no último domingo (28/7). "Você nunca encontrará em meu trabalho qualquer desejo de zombar ou difamar. Eu queria uma cerimônia que unisse as pessoas, que as reconciliasse, mas também uma cerimônia que afirmasse nossos valores de liberdade, igualdade e fraternidade."

Jolly também defende que achou que suas intenções estavam claras. "Dionísio aparece nessa mesa. Ele está presente porque é o deus da festa, do vinho, e pai de Sequana, deusa relacionada ao rio Sena." Suas declarações foram apoiadas por internautas que viram na sua encenação elementos do quadro a "Festa dos Deuses". A pintura feita em óleo mostra o Olimpo, onde os deuses estão reunidos em um banquete que celebra o casamento de Tétis e Peleu, destacando Apolo coroado ao centro. Além disso, faz referência a Dionísio (ou Baco), o deus do vinho e das festividades.

 (imagem da relação que os cristãos fizeram)

A obra foi concluída em 1514 pelo renascentista italiano Giovanni Bellini, e é uma das poucas imagens do artista veneziano. O episódio gerou debate sobre os limites da criatividade artística e o respeito às crenças religiosas. Apesar de o cerimonialista negar ter havido uma paródia, os organizadores dos Jogos pediram desculpas, afirmando que não houve "intenção de desrespeitar nenhum grupo religioso". "Claramente nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a nenhum grupo religioso. Se as pessoas se ofenderam, é claro que lamentamos muito, muito mesmo", disse a porta-voz de Paris 2024, Anne Descamps, em uma coletiva de imprensa no último domingo (28/7)”.

Fonte: Jefferson Roger


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