Quando as pessoas se preocupam em demonstrar seu contentamento para com alguém, possuem muitas maneiras de expressarem seus sentimentos e contentações. Para nós professores, os alunos sempre serão um impulsionador, uma alavanca que move o ideal de ensinar sem esperar nada em troca. É exatamente neste ponto que reside a missão do educador: não esperar nada em troca, contentar-se porque pode, de algum modo, contribuir para o aprendizado de uma pessoa.
Não é novidade porém, que não conseguimos agradar todos os alunos, até é possível arriscar a dizer que isso, nos dias atuais é missão quase impossível.
No entanto, estou aqui para dizer que provavelmente terei que concordar com isso, mas também que terei que concordar que o “quase” é uma realidade, um verdadeiro salva-vidas, afastando o impossível de tomar conta de toda a situação. Falo assim porque ainda existem as possibilidades que eu como católico, creio serem providenciadas pelo braço divino.
Hoje, um dia após meu aniversário, ao chegar na escola fui abordado por uma das inspetoras que me pediu para não ir para a sala porque queria conversar comigo. De momento, não estranhei a abordagem porque, de vez em quando, professores faltam e é preciso ou possível adiantar aulas para liberar os estudantes mais cedo e eu achei que esse fosse o caso. Depois que todas as turmas entraram ela me buscou na sala dos professores para me acompanhar até a sala que eu daria aula.
Chegando até mim eu perguntei do que se tratava e ela disse que hoje queria me acompanhar até a sala. Claro, estranhei na hora e já desconfiei.
Para confirmação a suspeita se concretizou, os alunos decoraram a sala e montaram uma mesa para comemorarem a data. Foi incrível ver os rostos realizados, até velinhas de aniversário compraram e fizeram questão de me contar os detalhes de todo o planejamento. Isso, porque queriam que eu percebesse a dedicação que tiveram. Fiz os agradecimentos e a aula, como poderia se esperar, se transformou em uma reunião tranquila com conversas enquanto se comia e bebia. Sinal de que pareço fazer alguma diferença em suas vidas, como professor e tomara, como um adulto que se porta dentro dos valores familiares, que são imutáveis porque foram criados por Deus.
Enfim, são momentos como esse que demonstram que fazer o bem na vida das pessoas ainda é uma coisa boa e querida por Deus.
Fonte: Jefferson Roger
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