terça-feira, 15 de outubro de 2024

O professor

 
Diziam a meu respeito, os que me conheciam, de que esperavam que um dia eu fosse me tornar um professor. Afinal, diziam de mim que eu tinha jeito para ensinar; diziam meus colegas de sala de aula, quando eu estava a ajudá-los a compreender os conteúdos das aulas. Esses foram os primeiros. Depois, na adolescência, assim que recebi os sacramentos ingressei na catequese e lá estava eu a ensinar. Mais adiante trabalhei como instrutor em computação gráfica, um de meus empregos que muito rapidamente enfatizaram esse lado docente que eu ainda desconfiava. O tempo passou e em meio aos empregos que tive montei um negócio próprio. Ensinava computação gráfica e programação.

Tive uma equipe de dança e, adivinhem? – isso mesmo, ensinava as coreografias; não bastando tive uma equipe de corrida de rua infantil e os ensinava sobre esse esporte. A vida foi passando e nos empregos em que estive, surgia uma oportunidade, lá estava eu a ensinar algo a alguém. Pareceu-me, por conta dessa trajetória, que ensinar “fazia parte do pacote”. Então, decidi, depois de uma vida familiar consolidada e um casamento próspero e bem solidificado, render-me a Deus e abraçar o chamado.

 
Hoje, neste dia dedicado ao professor, realmente me vejo como um. Mais importante, porém, é que os estudantes me reconhecem assim: uma pessoa preocupada em ajudar os outros a aprender para que de alguma forma isso possa fazer a diferença em suas vidas. Sempre dizemos: se um em sala nos reconhece assim, todo esforço é válido. O dia está muito bom! As lembrancinhas chegaram, os textos também, os parabéns, os docinhos, os reconhecimentos (da família e colegas de trabalho) e os incentivos.
 

Em tempos cada vez mais difíceis para os professores, batalhadores incansáveis contra muitas mudanças de valores sociais, a caminhada acontece sob fortes ventos contrários. E não bastam as próprias forças; já dizia Jesus: “sem mim nada podeis fazer” – João 15,5. Ele é quem me sustenta, por ele e pela minha família todas as vezes entro em sala de aula procurando agir de modo que alguém naquele dia seja tocado de uma maneira positiva. Os alunos colocados por Deus em minha vida recebem de mim, sempre, o que de melhor eu possa oferecer, contribuir e ser por eles e para eles, pois, quero que saiam da minha presença sendo melhores do que quando a mim chegaram.

 Fonte: Jefferson Roger



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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

O legado no seio do lar

 

De maneira geral, deixar um legado de vida implica em deixar algo positivo, valioso ou impactante para as gerações futuras. É uma forma de influenciar o mundo além da própria existência e deixar uma marca significativa, principalmente para as pessoas que você ama e com as quais você conviveu a maior parte da vida. Bons exemplos e atitudes educam assim como palavras de sabedoria inspiradas em valores morais e cristãos.

Sabemos que os maus exemplos também ensinam; todavia, para aquele que procura sempre lançar um olhar sobrenatural em sua vida, vê naquilo que não é certo e bom um ensinamento de como não se comportar e agir. Afinal, se Deus “vê” os corações e acolhe aquele que o procura com um coração sincero, de nada adiantaria pedir-lhe graças se apenas olhássemos para o próprio umbigo.

É preciso ficar uma marca, as pessoas precisam deixar nossa presença melhores do que quando nos encontraram. É preciso, assim como fazemos nossa experiência de encontro com Jesus Cristo, promovermos a mesma experiência com os que nos cercam. Sobretudo, comecemos pela família. A família que pode levar adiante legados e princípios que sempre a nortearam; a família que não se desmembra por conta das tempestades do maligno.

Nela, o famoso “de pai para filho” acontece e o legado perpetua isso, se Deus fizer parte do início ao fim da jornada humana aqui na terra. Na foto, quem vos escreve ilustra o artigo com uma foto de um pai e suas filhas; gerações distantes em anos que convivem sob a mesma época e participam, cada uma a seu modo, daquilo que todos acreditam ser bom, ser do bem, vir de Deus. E assim, o orgulho pela prole que vê no pai boas tentativas e um espelho do esforço para agradar ao Senhor, se reflete nas filhas que abraçaram o legado, que tem raízes divinas e não pretende se desfalecer no seio do lar.

Fonte: Jefferson Roger

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