Poderíamos começar o artigo fazendo uso de um dito popular que fala de uma faca de dois gumes; isso não seria errado porque, o que pode ajudar também pode prejudicar. Estamos a falar do imediatismo, aquele senso de urgência que afasta a procrastinação, aquela atitude que não fica esperando de braços cruzados algo, lá vem outro dito popular, cair do céu.
Pois bem, aprendemos nas sagradas escrituras que não devemos deixar para amanhã as urgências necessárias e diárias para a salvação de nossa alma. Cada dia a batalha pelo ingresso ao paraíso é algo bem penoso de se viver. Por outro lado, essa característica de ser uma pessoa imediatista, se não for bem exercida, pode levar o sujeito a agir sem pensar, em impulsos perigosos e prejudiciais para a situação espiritual.
É como aquela pessoa que diz: “quando vi, já tinha feito”. Mentira, pois, se tratando do mal e do bem, a maioria avassaladora dos pecados não são cometidos no improviso ou no desconhecimento; a matéria é grave, a pessoa sabe que é e decide, através do seu livre arbítrio, cometer o ato. É o famoso “pecar de olhos abertos”. Basta uma simples autoproclamação e mudança de valores, personalizando-os que está resolvido: deixa de ser errado.
Depois, se a ficha cair (outro dito popular) e o leite estiver derramado (mais um aqui) e a pessoa amargurar o erro que fez, exatamente quando Pedro negou Jesus três vezes, restará o chorar amargamente como o discípulo do Cristo? Tomara que sim, pois seria um tremendo arrependimento por ter ofendido a Deus. Se apressadamente (ou imediatamente) não se pensa duas vezes e se cometem atos contrários aos que agradam a Deus, nada então de agir de modo diferente quando a questão envolve retomar a amizade com o altíssimo. Demos graças a Deus por ele estar sempre pronto a perdoar imediatamente e ser tardio na prática da justiça (tendo consciência que ela não deixará de acontecer). Aproveitemos porque no dia da morte estaremos imediatamente impedidos de reparar qualquer mal que nos impedirá de entrar no céu; a hora é agora.
Fonte: Jefferson Roger
Nenhum comentário:
Postar um comentário