terça-feira, 26 de novembro de 2024

Os novíssimos


Quem diria eu que me tornaria uma pessoa que pensa diariamente na morte. Todavia, isso é uma coisa que não posso caracterizar como assustadora ou perturbadora. Afinal, é como diz o título do artigo. Na bíblia lemos que temos que pensar constantemente nos novíssimos para que não pequemos. Os novíssimos, vale lembrar, são os últimos acontecimentos que aguardam o ser humano: morte, juízo particular, inferno ou purgatório/céu.

Agora com a idade que tenho percebo a proximidade dela (da morte) com uma sensibilidade que nunca tivera. Reforço, é algo que não assusta. Nem o medo da morte existe, já que não adianta temê-la e sim, viver uma vida com a “mala sempre pronta para a viagem”. O alcance da morte é ilimitado e sua supremacia pega a todos de surpresa. Claro! O assunto e a realidade são difíceis de encarar, de tratar; todos querem ir para o céu, mas ninguém quer morrer, ao menos, morrer primeiro. Em contrapartida, morrer depois de muitos aumenta o fardo das perdas que temos que carregar. “Eita” situaçãozinha difícil essa hein!

É pessoal, a condição do homem sobre a terra é marcada por grandes situações e verdades divinas indissociáveis de sua natureza e suas fraquezas. Sendo assim, restam poucas alternativas deixadas por Deus. Uma delas é a de que vivamos cada dia como se fosse o último, não deixando pontas soltas, assuntos inacabados com ele. Viver a vida concedida por ele amando os que ele nos entregou como família dia após dia. Pois, um dia, esse após estará nos colocando na segunda metade de nossas vidas, a metade que é eterna.

A juventude e o vigor físico vão nos deixando, as dores vão chegando, aumentando, se instalando; aparências mudando, doenças se tornando crônicas, capacidades de várias naturezas diminuindo. Tudo deve ser encarado como um aviso diário: a vida está terminando, como você está vivendo? Está com um saldo divino que lhe permitirá entrar no reino de Deus? Se não, corramos endireitar as pendências com o altíssimo; temos essa chance todos os dias.

Fonte: Jefferson Roger

 

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