Esperando a quem dar o bote – assim o apóstolo Pedro se referia ao demônio, incansável inimigo da alma, disposto a nos convencer de que o inimigo na verdade é outro: é Deus, um velhaco desmancha prazeres que impõe uma lista de proibições para aqueles que se prontificam ao céu.
O céu, lugar de alegrias não descritas e não imagináveis, com lemos nos escritos de outro apóstolo: Paulo, parece algo cujo preço está além das possibilidades humanas. Se o leitor acha isso, porque tentou inúmeras vezes viver o evangelho de Cristo e fazer aquilo que Deus pede e depois de alguns esforços terminou por não conseguir, saiba que você está certíssimo. De fato, o preço está sim, além das possibilidades humanas; justamente por ser assim é que Jesus Cristo nos disse que sem ele nada poderemos fazer – João 15,5.
A situação então se agrava porque, ao tentar por suas próprias forças percorrer o caminho que conduz ao céu, o homem se torna presa fácil do mal e das tentações. O inimigo se alegra muito com essa tentativa inútil que as forças humanas empregam e passa a acompanhar o passo a passo diário do sujeito.
Torna-se o fiel companheiro de todas as horas, uma presença que se acostuma sem se acostumar; um incômodo, sinal de que algo está errado, caso você perceba que não devia trilhar sozinho pelo vale de lágrimas. Do contrário, de braços dados com você, lhe acompanhará até o último suspiro, testemunhando contra ti a favor de sua condenação e rindo desgraçadamente de sua cara. Afinal, como disse Jesus: “fostes avisado sobretudo”. Cabe a cada um escolher e Deus lhe concederá aquilo que quiseres: Eclesiástico.
Fonte: Jefferson Roger
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