sexta-feira, 7 de março de 2025

Manobras evasivas


 

Lemos na bíblia que se resistirmos ao diabo, ele fugirá para longe de nós – Tiago 4,7. Por outro lado, Padre Pio dizia que “quanto mais perto de Deus, mais a alma é tentada”. Um olhar desatento poderia apontar para alguma contradição: se resistirmos ele nos deixará (fugirá para longe de nós), mas se estamos próximos de Deus, sempre seremos tentados. Ué! Afinal, ele foge ou não foge?

Quem fala a verdade, Padre Pio ou o Espírito Santo (autor da bíblia)?

Ao que parece falta ao cristão mais informações, capazes de fazer a ligação entre as duas afirmações. Comecemos por crer na reputação dos dois, não existiu motivo para mentirem; precisariam ter índole maligna para declarar algo que colocasse em perigo a alma humana. Como cremos não ser essa a verdade, temos que compreender como essas duas falas se completam e fazem sentido.

Falta-nos ainda, uma fala do apóstolo Pedro. Ele nos diz que o diabo anda a espreita, como um leão, esperando a oportunidade para dar o bote. Outrossim, ainda podemos acrescentar a passagem do evangelho onde se lê que, depois de quarenta dias em jejum, o demônio apareceu para Jesus Cristo para tentá-lo.

Vamos então por partes. A frase de Tiago nos ensina que devemos não procurar o mal, com isso dificultaremos a vida do diabo. Dificultar sim, mas isso – segundo Padre Pio – não irá fazer com que ele desista de nos tentar e, São Pedro confirma isso ao dizer que, no momento certo, momento de nossas fraquezas, como o exemplo dado do jejum de quarenta dias, ele, o mal, ataca após seu período de espreita. Essa é uma linha de pensamento coerente que faz sentido e não coloca em contradição nenhuma das falas. Em suma, estamos em curso na direção da porta estreita, mas cientes de que, sempre que necessário, precisamos executar manobras evasivas para – como diz São Tiago – resistirmos ao demônio.

Fonte: Jefferson Roger

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Prazeres certos


 

Fala-se por aí, que a pessoa precisa passar pela experiência de conhecer o amor de Cristo. Também já se ouviu, da parte de Nossa Senhora em suas aparições, que se soubéssemos o quanto ela nos ama, morreríamos de amor. Lemos na bíblia, em situação aparentemente contraditória ao que vemos sobre Deus no antigo testamento, que ele é um Deus de amor (novo testamento).

Pois bem, a coisa está aí, na frente de quem quer que seja; prega-se que esse amor que acabamos de ler é fantástico, maravilhoso e nos conduz à vida eterna. Quem se envolve com ele não terminará sua vida em trevas e experimentará enquanto viver por aqui, consolações além das que o mundo sonharia ser capaz de oferecer.

Isso é uma condição extremamente horrível para o demônio pois, se a pessoa se envolver com esse sentimento, será “encapsulada” por um invólucro impenetrável. Poderá ser e viver feliz encarando todas as adversidades da vida, inevitáveis, com a certeza do auxílio, sustento e conforto divinos.

Sim, pois tratam-se de prazeres abençoados, os únicos que promovem uma alegria e certeza de que o caminhar cristão segue na direção certa. É aquela certeza que se tem quando se deita e quando se levanta de que o dever está sendo cumprido dentro dos mandatos divinos. É aquela certeza endossada pela consciência, que permanece leve demonstrando que enfrentamos o dia a dia com as “ferramentas” certas, aquelas dadas por Deus.

Fonte: Jefferson Roger

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quinta-feira, 6 de março de 2025

Foto de felicidade

Pode ser, como vemos nas redes sociais, muitas imagens de aparência. A pessoa não está lá aquelas coisas com vários aspectos de sua vida, mas, pelo bem da boa imagem e dos cliques dos seguidores, quase que se demonstra como um personagem que nada o abala. Nem parece ser de carne e osso e, pelo bem das vaidades, tudo vira uma postagem.

Quanto a compartilhar acontecimentos pessoais e privados, tornando-os públicos, que seja; é a decisão de cada um. Que todos fiquem sabendo de sua vida, o que faz, deixa de fazer e como se faz. Quem for mais ativo e tiver mais seguidores melhor; as empresas estão de olho e os mais populares recebem ofertas para interagirem em troca de dinheiro.

É uma vida meio estranha, viver em função da plateia, dos seguidores, das redes sociais. Milhões de seguidores interessados em que? Quanto a se pensar... Será que se consegue ficar sem postar alguma coisa um dia sequer? Ou um dia sequer sem visitar as redes sociais e os perfis mais acessados? Claro, não vamos desmerecer o lado bom da coisa. Existe sim muito conteúdo sadio e proveitoso, basta saber procurar.

E é neste saber procurar que encontramos menções reais e verdadeiras, por exemplo, das famílias. Em momentos agradáveis, desfrutando da companhia mútua do casal e dos filhos (ou no meu caso, das filhas). Fica registrado, em um instante, em um sorriso eternizado e publicado nas mídias, que o tempo passa, a vida segue, desafios vem e vão, são superados, o amor matrimonial, familiar e conjugal cresce e, como jamais poderia deixar de ser, Deus esteve presente em todos os momentos, elo indissolúvel da união familiar.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 3 de março de 2025

Máximo de esforço

 









Muitas vezes a vida do ser humano se transforma em um fardo muito difícil de ser carregado. Sobre isso Jesus Cristo há muito havia falado: vós que estais cansados sob o peso de vosso fardo, vindes a mim que eu vos aliviarei. Detalhe, Jesus não disse que vai levar o fardo em nosso lugar, ele quis dizer que irá nos ajudar, estender a mão, nos dar força, amparar. O trabalho continua sendo nosso.
O problema é que se a pessoa não está nem aí para o que Jesus diz e tenta seguir sua vida sem ele (João 15,5), nada mais faz do que dar poucos passos para a frente e inúmeros para trás. Sente que está com o máximo de esforço fazendo progresso mínimo. Neste ponto, o diabo sempre atento ao caminhar humano, entra em cena e tenta convencer a fragilizada alma de que existe outra maneira de ser feliz, basta aceitar suas ofertas que tudo irá mudar, tudo irá ficar bem.
O problema disso é que o remédio do maligno é gostoso na boca e amargo no estômago, como lemos no livro do Apocalipse. Depois que se tomou, seguirão as consequências. Todavia, uma gravidade maior ainda se instala na vida da pessoa: sobre isso Jesus nos ensina. Ele nos fala que a recaída é sete vezes pior.
A cada atitude da pessoa corroborada com o demônio, mais e mais ela cai no lamaçal dos pecados e de lá, mais difícil é sair. É um abismo que não se escala jamais, não com forças próprias. Isso cabe ao Deus do impossível, que neste ponto está muito triste por ver um filho seu nesta situação, porém, ansioso certamente para que lhe peça ajuda; para que peçamos a sua mão. E adivinhe? Ele acolhe todo aquele que lhe procura com um coração sincero. Como vemos, Deus está sempre pronto a nos ouvir e socorrer, não percamos jamais tempo com essas aventuras inúteis, é o que o Cristo sempre nos ensinou, busquemos as coisas do alto, as que não passam.


Fonte: Jefferson Roger

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Fora de Cogitação

 









É assim que é, se o sujeito resolve que quer ir para o céu, então lhe cabe uma escolha única: agradar a Deus. A partir desse momento, a radicalidade do evangelho deve ser assumida da melhor forma possível. Isso significa que, conforme lemos em João 15,5, nada podemos fazer sem a ajuda de Jesus Cristo. Dessa forma fica fácil de entender porque de tantas quedas e dificuldades pelo caminho que conduz ao céu.
Ou seja, as tentações, presentes em toda a trajetória humana, sempre irão oferecer ao ser humano opções de vida. O diabo argumenta de forma majestosa e sua habilidade é tão boa que, de tanto insistir, leva a pessoa a cogitar as possibilidades, as alternativas ao que Deus oferece para cada um.
Se você se abandona na jornada, esquecendo que não é capaz de vencer o mal sozinho, vai certamente sucumbir e passar a crer que existem outras maneiras de agradar a Deus além daquela (que é a única) possível. Fora das santas palavras de Deus, não temos saída alguma; trata-se, como lemos em Eclesiástico, de bem ou de mal, aquilo que escolhermos Deus nos concederá.
É como a fala de Jesus Cristo, árvore boa para bons frutos e árvore má para maus frutos. Por este caminho o Altíssimo é a árvore boa e o diabo é a árvore má. Não pode um conceder o que é próprio do outro. Sendo assim, não nos enganemos, o que o demônio faz é oferecer alternativas para a felicidade que somente Deus pode nos dar: as alegrias do mundo, finitas, passageiras e que levarão aos tormentos. Já diziam os santos: por prazeres terrenos sofrem-se tormentos eternos. O preço a se pagar está aí, cada um escolhe em que acreditar, em como viver e como quer continuar o restante de sua vida que é eterna, depois da breve passagem por este vale de lágrimas.


Fonte: Jefferson Roger

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A morte é ruim para quem fica?

 






A morte só é ruim para quem fica. Essa é uma frase que o personagem João Grilo diz para Chicó, no filme O auto da compadecida 2. Vale o artigo para refletirmos na mensagem que a história nos traz. Morre alguém e com essa morte sobrevém a tristeza da perda. A fé nas palavras de Jesus Cristo nos garante que o reencontro acontecerá no paraíso. A separação é temporária, todavia, inevitável. O gênero humano precisa morrer e sequer, pensar nisso, é angustiante, já que não temos controle sobre isso.
No entanto, o assunto é transformador se encarado com a devida necessidade que, inclusive, é bíblica. Lemos em Eclesiástico que devemos pensar constantemente nos novíssimos e assim jamais pecaremos. Como assim? - pensam as pessoas. Vale mais uma vez o esclarecimento. Os novíssimos são as últimas realidades que o homem enfrentará: morte, juízo particular, inferno, céu ou purgatório.
Como vemos o cuidado divino é para que não sejamos pegos desprevenidos pela morte. Muitos pensam não ser possível estar prevenido, já que não nos é permitido saber quando morreremos. Todavia, é justamente por ser assim que a palavra divina nos alerta para a situação. O cristão tem que estar com a “mala” sempre pronta para sua última viagem, a viagem da morte. Como não temos o dia de amanhã, o hoje é a única oportunidade de estar “de bem” com Deus, para podermos seguir em frente na hora do chamado divino.
Se não estivermos nessa condição,a morte não será pesarosa apenas para quem fica, será ainda mais para quem vai.


Fonte: Jefferson Roger

 

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