Na caminhada cristã existe uma pequena cilada imposta durante a jornada. Essa “cilada” foi apresentada por Jesus em seu evangelho. Era o jovem rico que queria saber do Cristo o que devia fazer para ser “perfeito”. E Jesus lhe dá uma resposta de tirar o fôlego, uma certeira no peito do sujeito que, após ouvir, lemos que ele foi embora da presença do ressuscitado muito triste.
É a encruzilhada das escolhas que de vez em quando Deus coloca em nossa frente. Já sabemos, pelo menos muitos de nós, que cedo ou tarde, o altíssimo nos coloca em dificuldades. Deus sabe que só cresceremos em amor e santidade se formos provados pelo fogo do céu; as provações quando vencidas nos fazem “passar para a próxima fase”, exatamente como nos jogos de videogame onde o personagem à medida que avança, vai melhorando e com isso, se preparando para enfrentar inimigos mais fortes e difíceis de serem derrotados.
É a questão do salvo ou santo. Já se sabe que se seguirmos os mandamentos seremos salvos, foi Jesus quem confirmou isso. Porém, se quisermos ser santos precisamos desapegar do mundo, não o renegar, precisamos por hora viver por aqui, mas, como diz o apóstolo, reter só o que é bom perante os olhos de Deus.
E é aí que mora o perigo; a mediocridade é perigosa porque fica muito perto das tentações e pecados. A pessoa tendo consciência do seu estado de graça, contenta-se com esse tipo de vida e não almeja os mais altos degraus da alma. É presa muito fácil ainda do mal e a espreita e vigilância do inimigo é sempre implacável neste “nível”. Ser salvo é bom, mas ser santo é melhor. O que fazem os católicos em vida? Pedem o auxílio de Deus, Jesus e do Espírito Santo e, lá vem o que todos já sabem: dos santos. Se pedem reconhecem que a santidade, que é algo participativo com mais intimidade de Deus, fortalece imensamente a alma e a engrandece já aqui na terra. O santo já está salvo, mas vive assim para alcançar, por amor a Deus, um estado de glória maior. Afinal, segue 1ª Coríntios 11,1: é imitador do Cristo e como resultado disso vai ser, sem dúvida alguma, santo, já em vida. Isso não é algo melhor? Ter a certeza plena de um dia ser acolhido nos céus? Não tendo (se for apenas salvo), ter que passar pelo purgatório?
Fonte: Jefferson Roger
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