terça-feira, 22 de abril de 2025

O legado da destruição e divisão

 

Com a morte do Papa, relatos por todo o mundo descrevem com suas palavras o que representou para as pessoas, a igreja e o mundo, o seu pontificado. Aqui neste site, apresentamos alguns depoimentos de escritores católicos, mais afastados da linha que conduzia o Sumo Pontífice, recém-falecido neste final de semana que passou:

Ed Condon, The Spectator: "Não escreveu uma nova sinfonia, mas uma violenta cacofonia, deixando atrás de si uma Igreja mais dividida - geograficamente, teologicamente e liturgicamente - do que alguma vez esteve em décadas, e um Vaticano à beira da insolvência." Peter Kwasniewski, Rorate-Caeli.blogspot.com: "Para além da imagem de bonomia que se esforçava por projetar, por vezes traída por explosões incontroláveis (como quando deu uma bofetada na mão de um turista demasiado intrometido), os habitantes dos Palácios Santos temiam as suas explosões desordenadas e a sua falta de paciência, ao ponto de, por vezes, se esconderem nos corredores quando o viam passar."

Arcebispo Charles Chaput, FirstThings.com: "A sua personalidade tendia para o temperamental e autocrático. Resistia até às críticas leais. Tinha um padrão de ambiguidade e palavras soltas que semeavam confusão e conflito. Perante as profundas fraturas culturais em matéria de comportamento e identidade sexual, condenava a ideologia do gênero, mas parecia menosprezar uma convincente "teologia do corpo" cristã. Era impaciente com o direito canônico e com os procedimentos adequados. O seu projeto emblemático, a sinodalidade, era pesado no processo e deficiente na clareza. Apesar de uma inspiradora aproximação às margens da sociedade, o seu papado carecia de um zelo evangélico confiante e dinâmico. A excelência intelectual para sustentar um testemunho cristão salvífico (e não meramente ético) num mundo moderno cético estava igualmente ausente."

Christopher Altieri, CatholicWorldReport.com: "O Papa Francisco parecia feliz por deixar que as pessoas o criticassem por imprudência ou o condenassem como um traidor do Evangelho ou então elaborassem uma construção ortodoxa por sua conta. O Papa Francisco, o homem, era uma figura de uma complexidade espantosa e de um mistério profundo, revelando-se e revelando-se ao mesmo tempo na miríade de palavras não escritas e de decisões surpreendentes [...] não só no pontificado, mas também no gabinete papal. Tais maravilhas foram quase comuns ao longo do seu pontificado". Edward Pentin, EdwardPentin.co.uk: "Governou de forma autocrática, o que não é invulgar para um papa que tem todos os poderes legislativos, executivos e judiciais, mas Francisco emitiu mais decretos papais, não muito diferentes de ordens executivas, do que qualquer outro papa na história moderna. Sob o seu comando, bispos, padres, religiosos e leigos que estavam a dar bons frutos em termos de reverência, vida espiritual, fidelidade à doutrina católica e vocações em expansão foram cancelados ou ostracizados."

Fonte: Jefferson Roger, transcrito de pt.news (gloria.tv)

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segunda-feira, 14 de abril de 2025

Obrigações e proibições

 

Certamente para muitos de nós a religião é vista de uma maneira afastada daquilo que é seu real e legítimo propósito: religar-se a Deus. Para piorar ainda mais a situação, se o sujeito se atentar para as leituras bíblicas irá lhe parecer que existem dois “deuses” bíblicos: o do antigo e o do novo testamento. Claro, isso é o que o mundo quer que pensemos. Antes o Deus dava as caras e punia mesmo, aos montes. Tanto é que todo mundo já nasce “punido” por culpa de terceiros; é bem um estilo que se dane todo mundo. Agora, parece um lobo em pele de ovelha, que deixou para punir mais tarde, assim a pessoa tem alguma chance de se safar caso abaixe a cabeça e siga à risca sua lista de proibições e obrigações.

Sim, meio assustador o parágrafo anterior, mas ele é reflexo de um olhar errado sobre quem é Deus e como é a sua relação com a humanidade desde o início dos tempos. Chegou a hora de uma analogia, elas funcionam bem para ilustrar conceitos através de comparações. Vejamos. Quando o filho, ainda bem pequeno, todo cheio de energia e serelepe que só, brinca para lá e para cá em casa, não lhe acomete ainda as noções de perigo caso seu descuido fale mais forte. A mãe a cozinhar o avisa, “saia de perto do fogão que é perigoso, se você tocar na chama vai se queimar ou se alguma panela com água fervente cair sobre você, vai se machucar”. O filho, sem o conhecimento necessário das coisas, resolve pagar o preço e faz o que? Acertou! Ou tenta pegar uma panela ou vai lá colocar o dedo no fogo. Principalmente se a mãe, por algum motivo, precisou se ausentar por algum instante deixando o terreno das armadilhas pronto para receber a tragédia.

E o filho coloca a mão no fogo, queimadura de segundo grau ou terceiro. A mãe avisou que era proibido e, portanto, a obrigação do filho era confiar e obedecer. Ela não proibiu porque queria o mal ou infelicidade do filho, queria o seu bem, o seu melhor. Por ele não entender, julgou a proibição ser maléfica, tolhedora ao ponto de não perceber que sua obediência necessária não era obrigação nenhuma, era uma necessidade.

Assim devemos pensar e agir em nosso relacionamento com Deus, isso facilita muito as coisas. Ele nos quer no céu e colocou à nossa disposição seu filho Jesus Cristo, sua mãe Maria Santíssima e toda a milícia celeste para nos auxiliar na caminhada de retorno. Abre mão quem quer.

Fonte: Jefferson Roger


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sexta-feira, 11 de abril de 2025

Não pequeis mais


 

Em alguns pontos da jornada de Jesus aqui pela terra, vemos o cuidado e a seriedade dele para com assuntos tão importantes para a salvação das pessoas. Estamos a falar do maior impedimento de todos para que se entre no céu: os pecados graves. Sabemos que Jesus é misericordioso, mas, nem por isso, ele se comporta como o vovô que sempre irá presentear o netinho passando-lhe a mão na cabeça, endossando suas peraltices.

Lemos na bíblia que Deus acolhe aquele que o procura com um coração sincero e que ele somente nos perdoa se perdoarmos aqueles que nos têm ofendido. Pois bem, vemos claramente que a justiça divina divide espaço com a misericórdia e que, esta não se comporta como a tampar o sol com a peneira. Isso quer dizer que transformar a misericórdia em bengala para infringir regras divinas só convém ao deleite do mal, sempre à espreita para empurrar o pecador para a ladeira da condenação eterna.

Tanto é que o justo juiz, em algumas partes do evangelho, o que também é pregado nas cartas apostólicas, orienta a pessoa para a conversão sincera, mudança de vida, forte convicção em não voltar aos maus hábitos exortando aquele que é perdoado a não pecar mais. Chega ao ponto de dizer que reincidências podem agravar de forma pior a condição que tinha antes do perdão. Vejamos:

João 5,14 - Mais tarde, Jesus o achou no templo (o paralítico que havia sido curado por ele) e lhe disse: Eis que ficaste são; vá e não peques mais, para não te acontecer coisa pior.

João 8,10-11 - Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher (a que foi pega em flagrante adultério), perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não peques mais.

Efésios 4,26 - Mesmo em cólera, não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento.

1ª Coríntios 15,33-34 - Não vos deixeis enganar: Más companhias corrompem bons costumes. Despertai, como convém, e não pequeis! Porque alguns vivem na total ignorância de Deus.

Como vemos, estamos mais que avisados!

Fonte: Jefferson Roger

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quarta-feira, 9 de abril de 2025

O chuveiro espiritual


 

Nosso corpo precisa de higiene. Sempre e de forma constante estamos a cuidar dele, da pele, cabelo, dentes, saúde dos ossos, dos olhos, do organismo em geral. Sempre estamos a tomar banho para nos mantermos limpos, asseados e saudáveis. Afinal, se não o fizermos, os problemas e as doenças encontram portas abertas para implementar suas invasões, tão prejudiciais ao homem.

Ora, se sabemos o quão bom é, por exemplo, tomarmos banho para mantermos nosso corpo saudável o que dizer então, de nossa alma?

Sem problemas! Para ela existe outro banho que devemos tomar. Trata-se de outro tipo de chuveiro, que serve para lavar a nossa alma dos problemas que possui e que, adoecendo-a e mantendo-a no terreno da segunda morte, certamente irão tolher-lhe a saúde e a possibilidade de sua entrada nos céus.

Falamos do chuveiro espiritual, que o perdão de Deus promove durante o sacramento da confissão. Este, não possui contra indicações. Assim como o banho do corpo, que pode e deve ser tomado com frequência, o mesmo se pode dizer da confissão. Que melhor garantia do que receber o perdão de Deus e poder viver feliz, sem pendências que poderiam, ao final da vida, causarem prejuízos desastrosos no final da jornada terrena?

Ademais, o fato é bíblico e é uma dádiva do bondoso Deus que não quer que esperemos algo extraordinário de sua parte. Ele é misericordioso, mas também é justo. Seu pesado braço da justiça, uma vez descendo sobre a alma empedernida que imprudentemente e conscientemente não quis viver em comunhão com ele, não trará alívio nenhum para a alma, tantas vezes avisada quais seriam as consequências de suas escolhas.

Fonte: Jefferson Roger

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